Estuda, sem pensar. O capital precisa de ti!

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

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Verdes Eufémias e Companhias


Factos:


Cerca de uma centena de pessoas invadiram e destruíram parcialmente um campo de milho transgénico, na região de Silves. A acção reivindicada pelo Movimento Verde Eufémia - em homenagem às lutas agrárias contra a ditadura - , teve como principal objectivo denunciar os riscos ambientais da expansão do cultivo de transgénicos. Segundo um dos activistas, a destruição de 2% do campo da Herdade da Lameira, constitui uma forma de "estabelecer a ordem ecológica, moral e democrática que tem sido deteriorada pelas políticas europeias e do governo".

Durante a acção, alguns dos ceifeiros foram identificados por forças da GNR, tendo o proprietário anunciado a intenção de mover um processo judicial. Uma fonte do ministério da administração interna anunciou que o caso será devidamente investigado.

A prática de desobediência civil foi amplamente condenada pelos meios de comunicação social, pelo governo e pela própria Quercus que, apesar de se opor ao cultivo de transgénicos, se demarcou das tácticas utilizadas. O ministro da administração interna Rui Pereira chegou mesmo, em declarações à SIC, a afirmar que estávamos perante uma manifestação de “ecoterrorismo soft”. Isto, quando se sabe que apenas um hectar foi destruído (a propriedade tem cerca de 51), que não houve registo de quaisquer pessoas feridas, que o próprio proprietário não decidiu no imediato a apresentação de queixa e que foi oferecido milho biológico o suficiente para reconverter os 51 hectares em agricultura biológica.

De referir que a ocupação e destruição parcial de campos de cultivo é já há muito realizada por grupos europeus, consistindo numa importante arma na denúncia da expansão da agricultura transgénica e nos riscos que implica para os consumidores, para a agricultura convencional e biológica e para a biodiversidade.

Perante algumas notícias que apontam a associação GAIA, uma das co-organizadores do Ecotopia, como a responsável pelos acontecimentos, a mesma fez publicar um comunicado onde, declarando-se solidária, nega a existência de uma ligação directa entre a iniciativa Ecotopia e a acção do Movimento Verde Eufémia.




Opinião de Paulo Varela Gomes:

A reacção - histérica - ao caso de Silves e ao post do Miguel Portas é um caso dos mais interessantes acontecidos em Portugal de há muito tempo para cá. Neste país de cobardolas, qualquer gesto decidido assume de imediato foros de escândalo. Neste país que enterrou uma revolução debaixo de um manto de mentiras, silêncios e cumplicidades traidoras, qualquer recordação - por mais ténue - daquilo que se passou em 1974-75 cheira a ameaça insuportável. Neste país onde os poderosos violam a lei todos os dias, onde a polícia e os tribunais servem sobretudo para ajudar os poderosos a não cumprir a lei, onde a lentidão e ineficácia dos tribunais criam um estado de não-direito, ninguém se lembra de exigir que seja aplicada toda a força da lei (de imediato! rigorosamente!) quando os salários não são pagos, os patrões fogem aos impostos, as empresas e os bancos defraudam os cidadãos. Mas ai de quem puser o pé num centímetro quadrado da sacrossanta propriedade privada agrária, esse símbolo por excelência da Ordem multi-secular.Que extraordinário país! Um povo todos os dias enganado, roubado, o mais pobre da Europa, o mais ridículo. E nem um carro incendiado, nem uma montra partida, nem um protesto violento. Dóceis como carneiros, que é naquilo que foram treinados, é aquilo que são - envergonham-me vocês, oh ordeiros de dedinho sentencioso no ar e voz tremeluzende de indignação só porque meia dúzia de miúdos resolveram violar a lei. Pode não ter sido correcto o que os miúdos fizeram, mas mostraram mais coragem que vocês todos juntos. Respeitem ao menos isso: que ainda haja portugueses capazes de arriscar alguma coisa por aquilo em que acreditam. Respeitem ao menos quem é capaz de um gesto.

Já não se podem deixar os miúdos sozinhos... No minuto em que cheguei a casa, ainda de havaianas e cheia de sal no cabelo, recebi um telefonema da minha mãe a dizer "Liga rapidamente a TV, na SIC". Estava a dar a 1ª reportagem sobre o movimento de cidadãos que destruiu cerca de um hectare de uma plantação de (50 hectares de) milho OGM no Algarve.

O meu primeiro pensamento foi "lá vai o meu trabalho andar para trás". Como bióloga que trabalha no sentido de integrar a espécie humana na natureza sem que existam desequilíbrios prejudiciais às 2 partes, geralmente as manifestações dos "ambientalistas" só vêm descredibilizar a imagem do meu trabalho. Quem é que liga aos maluquinhos que andam a salvar baleias?

Na verdade, no dia seguinte já tinha mudado de opinião. Passo a explicar porquê:

- Sou totalmente contra a violência, mas não acho que o grupo de cidadãos tenha usado violência nenhuma. Destruíram para aí 1% do milho, levaram sacas de milho biológico para oferecer ao produtor e ofereceram-se como mão de obra para o cultivar. Se quisessem mesmo destruir a plantação tinham-lhe pegado fogo como fazem sistematicamente os activistas da Greenpeace em França. A acção foi pacífica e simbólica, e usaram máscaras porque em 2003 houve um caso grave de intoxicação de populações nas Filipinas que viviam perto de plantações deste milho, sendo detectados anticorpos no seu sangue, conforme comunicação do Dr. Traavik (Norwegian Institute of Gene Ecology) numa conferência dada em Kuala Lumpur a 22 de Fevereiro de 2004.

- Não percebo onde é que foram buscar a ideia de que a manifestação era composta por um bando de miúdos que nunca trabalharam. Eu pela TV não percebi se eram miúdos; se nunca trabalharam então pelo menos os estrangeiros não arranjavam dinheiro para cá chegar de avião, e se são assim tão amigos de charros e da preguiça não se explica que tenham posto de pé um evento para 500 pessoas num campo alentejano, com alimentação garantida, fornos solares, casas de banho secas, duches quentes, construções de taipa e uma data de workshops, como estava no programa. A mim soa-me a pessoas bem mais desenrascadas que o cidadão comum, que acha que o frango nasce no supermercado.

- Sinceramente, estou farta do monopólio de informação sobre os transgénicos e de nos quererem inpingi-los à força. Quase todos os comentários que li no Público, no DN e as demagogias no Abrupto e no Ambio são nem mais nem menos do que rezinguices de macho omega. Porque morder ao macho alfa está fora de questão. Para estes senhores é mais fácil cair em cima de um bando de pessoas ("miúdos") que teve coragem de trazer as suas convicções para a rua do que virar-se para quem devia apresentar explicações. Esquecem-se de quando eles eram miúdos que trouxeram as convicções para a rua e fizeram o 25 de Abril, agora que estão confortavelmente empoleirados? Talvez. Mas passo a esclarecer a minha alergia aos transgénicos:

- Os OGM não foram aprovados por nenhum sistema de votação democrática em que eu me lembre de participar, apesar de ter respondido a todas as (muito pouco divulgadas) consultas públicas que decorreram antes da aprovação destes. Alguém se lembra delas? Dificilmente, são realizadas porque a lei europeia o exige mas são escondidas nos sites da UE que nem barras de ouro.

- A Agencia Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) não realiza os seus próprios estudos antes de aprovar uma planta para circulação na UE, aceita como credíveis os estudos apresentados pelas próprias empresas que querem comercializar essa planta (estamos a ficar tão espertos como os americanos). Isto passou-se com o milho transgénico em causa;

- O Dr. Séralini, da Universidade de Caen (França) pegou nos dados fornecidos pelos estudos da Monsanto e tratou-os com um tipo de formula estatística diferente, vindo a revelar que os ratos alimentados com milho transgénico (desse que anda por aí a circular) sofrem perturbações a nivel de fígado e rins.

- Releiam o ponto anterior. As experiências foram feitas em RATOS. Nunca houve uma experiência feita com um grupo de humanos que se dispusessem a comer transgénicos para se verem as consequências. Os primeiros cobaias somos NÓS.

- O principal argumento da UE para levantar a moratória ao cultivo e consumo de OGM é o facto de "estarem a perder a corrida económica com os EUA e a China". Se te mandares ao poço eu vou atrás...

- O aparecimento de ervas daninhas super resistentes, insectos que querem lá saber de folhas geneticamente modificadas e espécies agressivas afins que evoluíram por causa da pressão evolutiva causada pela presença dos OGM é incontável. Leiam http://www.stopogm.net/

- O Ministério da Agricultura teve este ano uma atitude vergonhosa de desrespeito para com a população portuguesa, divulgando a localização dos campos de milho GM apenas no fim de Julho quando o milho já ia alto, ao contrário do que está estabelecido na lei europeia transposta para a portuguesa. Além disso divulgou a coisa do género "propriedade sem nome, no concelho X, 30 hectares", o que é igual ao litro. Se temos um campo de OGM ao pé de casa, ficámos a saber agora. Além disso era também obrigado a comunicar esta informação ao Ministério do Ambiente, e não o fez. Vide site do MADRP.

Posto isto, face à indiferença dos cientistas portugueses e europeus no geral em relação a um problema de saúde pública que está a ser causado apenas porque empresas multinacionais querem fazer fortunas à custa de sementes patenteadas (o que é uma estupidez porque elas não desenharam os transgenes incluídos nas plantas GM, apenas os foram buscar a outros organismosI), percebo que haja gente que está farta. O Ministro da Agricultura dizia ontem na TV: se isto faz mal, provem-no cientificamente. Mas onde? E oportunidade para isso? E gente para o ouvir? Quem o queira saber, quem não esteja resignado a comer frangos com nitrofuranos e milho com toxinas de bactérias, onde estão as pessoas que acham que o seu voto ou o seu protesto ainda vai fazer alguma diferença?

100 delas estavam em Silves na 6ª feira.



Textos retirados de: http://www.pt.indymedia.org/

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Um pouco de Anarquismo...

Anarco-Sindicalismo: os anarco-sindicalistas acreditam que os sindicatos podem ser utilizados como instrumentos para mudar a sociedade, substituindo o capitalismo e o Estado por uma nova sociedade democraticamente autogerida pelos trabalhadores.

Anarquismo Verde: corrente anarquista que defende, como qualquer outra corrente anarquista, um movimento contra a hierarquia e qualquer forma de autoridade social, mas que parte de um ponto de vista centrado na natureza. A maior parte dos apologistas do anarquismo verde defendem uma perspectiva anti-civilização, apontando para uma realidade humana sem hierarquia como tendo uma origem natural e biológica.

Anarco-Comunismo ou Comunismo Libertário: vertente do comunismo adoptada pela tradição teórica de alguns autores anarquistas. Num regime comunista libertário, a propriedade privada e o Estado seriam abolidos e a sociedade seria organizada através de federações de trabalhadores que gerenciariam a produção e todas as esferas de decisão por meio da democracia directa. O dinheiro seria abolido, e valeria a máxima "de cada um de acordo com suas capacidades, a cada um de acordo com suas necessidades".

mais informação: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anarquismo e alguns dos links do blog



- Anarquismo e Comunismo:

. Os movimentos anarquista e marxista surgiram e ganharam enorme força no século XIX, devido aos efeitos sociais da Revolução Industrial. Foram ambos contestadores da ordem liberal burguesa e do Estado garantidor das condições trabalhistas da época e apoiantes do fim das divisões de classes, da exploração e até mesmo do Estado.
. A despeito dessas semelhanças, divergiam quanto ao caminho a seguir para alcançar a utopia comunista.
. Para os marxistas, deveria haver uma fase intermediária socialista — a ditadura do proletariado —, um Estado revolucionário que construiria as condições viabilizadoras do comunismo.
. De outro modo, os anarquistas pensavam construir o comunismo imediatamente, erradicando as classes, as instituições e as tradições, e o Estado.

Bad Religion - Television

television, television, television, television

oh yeah! I want to bask in your golden light,
submerge in electric waves,
I need my connection to the world outside

the world outside is buzzing like an angry wasp in summer,
the candidates are running, and soon the son of God is coming,
crackle mental convolutions tune in to the revolution,
whereby everyone's included so we'll never have to be alone

every atom of my body, blood and sinew, bone and fibre,
I can't distil you from my blood,
you're a hungry germ inside of me,
you're my lover, you're my heroine,
my conscience and my voice,
and I know that I have learned to let you in I
will lever have to be alone

I'd take after my mother but she's from a different generation,
I prefer my big brother he's so gentle and understanding,
and I learn what I can from him by the television light,
so that when I'm all alone I know everything's gonna be alright


quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Trilhos selvagens Portugal adentro !


Este mapa pertence ao concelho de Idanha-a-Nova (Castelo Branco), um concelho ainda selvagem e natural, não destruído pela fome capitalista. De destaque: o Parque Internacional do Tejo.
Estadia: Parque de Campismo nas margens da Barragem de Idanha
Pontos de interesse: Monsanto, Penha Garcia, Termas de Monfortinho, Proença-a-Velha, Idanha-a-Nova, Idanha-a-Velha, Segura, Vila Velha de Ródão
Transporte: Infelizmente ainda não há transportes públicos nesta esquecida zona do território nacional, portanto o melhor meio de transporte será um carro
Actividades: Pesca, Observação de Espécies Protegidas, Passeios Pedestres, Fotografia, entre outros

George Orwell


George Orwell foi um dos escritores mais influentes do século XX.
Autor de "1984", "O Triunfo dos Porcos", "Lutando em Espanha" entre outros, Eric Arthur Blair (seu nome verdadeiro) descreveu em livro todas as suas vivências como guarda na Birmânia e como professor (A Filha do Reverendo). A sua obra-prima é a distopia (utopia negativa) de 1984, onde Orwell previu um mundo controlado pela tecnologia, onde a novilíngua e o duplopensar estariam presentes.

Leitura Obrigatória:

Animal Farm (O Triunfo dos Porcos): http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Triunfo_dos_Porcos

terça-feira, 14 de agosto de 2007

SW ... já tivemos orgulho em ti

Um festival em deterioração... chungaria com associação de roubos em tendas que ficassem abertas.... meninada da música fashion... espírito festivaleiro???? onde anda??? música parva ( buraka som sistema com uma saída do género: " 1 2 3 e .. FILHO DAS PUTA " " Porra.. CARALHO" em que cabia ao público responder dizendo as palavras em maiúscula; música do género que passa o ano todo na rádio e dps essa banda vai lá para cantar esse êxito que passou o ano todo na rádio... e ficamos por essa música... que não vale nada), publicidade ao desbarato... marketing por todo o festival... putos que querem fumar umas brocas para se sentirem felizes e poderem contar aos amigos... putos que querem dizer que já foram ao sudoeste...
Queremos um festival em que possamos acordar e sentir que logo vai haver festa... uns metallica as 22h... uns slipknot as 24h.... no outro dia velvet revolver... uns scorpions.. um jimmy hendrix com o seu rock puro... n queremos kuduro.. pop rock... house.. não queremos um festival em que se promove mais uma operadora de telemóveis.. corram com os meninos do house e das discotecas