Uma introdução a: Geologia e Transportes
<< A concessionária da CREL apurou que a estrutura da autoestrada não sofreu danos devido ao deslizamento de terras que ocorreu a 22 de Janeiro entre o nó de Belas, em Sintra, e a A16.
No entanto, embora ainda não haja uma data definida para a abertura da circulação na via, a Brisa já apurou que "cerca de 700 metros de via vão ter que ser asfaltados" após a retirada das terras do tabuleiro.
Segundo fonte do gabinete de relações públicas da concessionária da autoestrada, a chuva tem atrasado os trabalhos de remoção das terras que deslizaram para a CREL uma vez que, por razões de segurança, os aterros que têm estado a receber estas terras "não podem ser utilizados quando está a chover".
"Os camiões estão parados desde as 04:00 de hoje. Quando parar de chover começam a transportar as terras para os aterros da Salema e da Vialonga", adiantou hoje a Brisa.
No local são hoje visíveis as toneladas de terras e lamas ainda por remover.
Encontram-se cerca de 100 homens a trabalhar, 10 escavadoras, uma pá carregadora, dois tractores de escavação e uma máquina hidráulica que está a escoar as águas do topo do aterro de onde deslizaram as terras.
As máquinas encontram-se a retirar terras da encosta, que mais tarde serão transportadas para aterros a uma média de 1000 carregamentos de camiões por dia.
Os 60 camiões que diariamente têm estado a retirar as terras do local, no total já retiraram cerca de 200 mil metros cúbicos, estão neste momento parados, até que hajam condições climatéricas para o retomar dos trabalhos.
Segundo fonte da Brisa é difícil calcular a quantidade de terras que ainda têm que ser removidas.
A Lusa questionou a Brisa sobre os prejuízos que a concessionária teve desde o encerramento de parte da CREL, mas a concessionária escusou-se a adiantar os valores.
A Brisa disse anteriormente que vai reclamar junto dos proprietários do terreno de onde deslizaram as terras que provocaram o encerramento de parte da estrada.
Logo após o incidente, o presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, negou quaisquer responsabilidades da autarquia na deposição de terras naquele terreno e afirmou que o Grupo Espírito Santo era, através do fundo imobiliário Edifundo, o proprietário.
No entanto, o Grupo Espírito Santo informou depois que a construtora Obriverca é a única proprietária do espaço, através de um fundo imobiliário.
Quanto aos automobilistas que ficam obrigados a seguir por estradas nacionais alternativas, a Brisa recusa qualquer tipo de indemnização ou compensação. >>
Retirado de: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1491451&seccao=Sul
No fim do texto parecem crianças a fugir ao raspanete da professora, todos dizem que a culpa não foi deles, ahah cómico...
Lendo este texto fica a ideia de que a irresponsabilidade do fecho da estrada, para além de ter posto em perigo os automobilistas, se deve, não à Brisa, mas ao proprietário do terreno.
Bom na minha opinião, ainda que modesta, deve-se aos dois. Por um lado a Brisa devia ter a prevenção como preocupação primária em vez da remediação, por outro lado o dono do terreno é negligente pois a meu ver tem a obrigação de também ter um papel activo de cooperação em matéria de segurança e prevenção rodoviária. (de referir que não sei como funciona a lei, e quem neste caso tem deveres, e que não os cumpriu, por isso referi ser a minha opinião logo ao início).
Noutro artigo o DN escreve isto:
<< Há 11 anos que a Câmara Municipal da Amadora alertou para o perigo do deslizamento de terras na CREL (Circular Regional Exterior de Lisboa), chegando mesmo a comunicar os factos ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP). Mais de uma década depois, a autarquia acusa os proprietários dos terrenos de inércia e exige o apuramento de responsabilidades pela derrocada que se verificou a 22 de Janeiro.
Fonte do gabinete do vereador dos Transportes e das Obras Municipais da Câmara da Amadora, Gabriel Oliveira, garantiu ao DN que "em 1999 a Câmara Municipal da Amadora notificou os utilizadores dos terrenos, para retirarem as terras colocadas sem autorização no local e que originaram alterações à topografia da zona. Perante a inércia dos utilizadores, comunicou-se tal facto ao DIAP, em 1999". >>
É triste, pois quem se acaba por tramar são os utentes da estrada, que não têm um sistema de transportes públicos eficaz, logo não têm outra opção senão deslocarem-se pelas ditas "estradas nacionais", para não falar que sai mais caro à Brisa andar a "remediar" do que "prevenir".
E é triste! que tenham passado 10 anos e o dono do terreno não tenha sofrido mais do que um simples "aviso", obviamente que nunca tendo apanhado um valente susto, sendo desobediente, também nunca "mexeu uma palha". A negligência neste caso é do dono do terreno, é da lei, e da Brisa e do Município.
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