Estuda, sem pensar. O capital precisa de ti!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

[No Comments] Polícia Judiciária classificou uma acção contra um campo de milho transgénico como "terrorismo"


O último relatório da Europol sobre as tendências do terrorismo, classifica a ceifagem do campo de milho transgénico em Silves como acto de terrorismo. Na França, Alemanha ou Reino Unido, este tipo de acções, muitas delas bastante mais radicais, decorrem de forma sistemática, mas não vêm classificadas neste relatório como actos terroristas. Neste momento estão também em curso acções de ocupação de campos de cultivo experimental de transgénicos na Alemanha.

O Rádio Clube Português fez uma reportagem sobre esta classificação no relatório da Europol. Nem o advogado de acusação consegue ver qualquer forma de terrorismo nesta acção. Um especialista em direito penal diz não ver qualquer relação entre a acção de Silves e actos terroristas.

O relatório da Europol diz que Portugal teve o único ataque ligado ao terrorismo ambientalista ou ecológico, no ano passado. Apesar da classificação da Policia Judiciária, o caso não está a ser investigado pelo crime de terrorismo.

O especialista em direito penal, Germano Marques da Silva, explica o que diz a lei sobre o terrorismo e garante que o ataque ao campo de milho algarvio não é um ataque terrorista.

O advogado do agricultor que viu destruído um hectare de milho transgénico espera ainda pela acusação do Ministério Público. André Botelheiro espera uma acusação por dano em propriedade privada e pede justiça, mas não pelo crime de terrorismo.

O director do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, general Garcia Leandro, admite que não faz sentido classificar o caso do campo de milho no Algarve como um ataque terrorista.

É evidente o interesse que o governo português tem em esmagar a oposição aos transgénicos, ao classificar uma acção política pacífica e não violenta como acto de terrorismo (o relatório é elaborado a partir das contribuições das entidades responsáveis de cada país). Quando a democracia é fraca, a polícia, neste caso a Polícia Judiciária tem o terreno livre para colocar este tipo de disparates num relatório. Quem sofre somos todos aqueles que lutamos de uma forma ou outra por um mundo melhor, livre de transgénicos.


Info:http://gaia.org.pt/node/14385



ÚLTIMA HORA

Estado alemão da Baviera abandona o cultivo de transgénicos

O governo da Baviera (CSU), partido conservativo cristão, lançou ontem uma conferência imprensa, anunciando que o milho transgénico (MON 810) não tem nenhuma vantagem sobre o milho convencional.

Nem os agricultores, nem os consumidores querem os transgénicos, segundo eles. Assim vão acabar com os campos experimentais, que existem na Baviera (nos campos estatais). Só um de 1,6 ha vai ficar, segundo o ministro de agricultura, Miller, "para não temos de confiar nas resultados que foram feitos pelos próprias empresas."

Os Verdes criticam uma política dividida. Enquando o governo de Baviera está deixar praticamente o cultivo, o governo alemão, com ministro de Agricultura de CDU (partido irmão de CSU), ainda continua a apoiar as empresas agrobiotecnológicas e o cultivo dos OGM's. Assim, não é proibido cultivar OGM na Baviera, por que a lei do país federal se sobrepõe à lei do estado.

Para a discussão sobre uma nova moratória, que já teve lugar na Alemanha no ano passado, este passo da Baviera torna-se ainda mais importante.

Fonte: aqui

retirado de: Pimenta Negra



Para complementar uma passagem do artigo da Visão de dia 10 de Abril de 2008

"O organismo (Europol) introduziu este ano uma nova categoria para os ataques radicais de associações de ambientalistas ou de defesa dos animais. Mas, apesar dos "vários incidentes deste tipo" registados, tal como refere o documento (relatório anual da Europol), apenas um foi classificado como "acto terrorista": o português.

O responsável pelo Gabinete Coordenador de Segurança considera que "é descabido classificar uma acção deste tipo como terrorista." Leonel de Carvalho diz que este rótulo só se explica pelo facto de as suas características "encaixarem" nas definições estabelecidas internacionalmente.

Também as actividades dos skins portugueses, que começaram a ser julgadas na terça-feira, 8, acusados de discriminação racial e posse ilegal de armas, entre outros delitos, são mencionadas no relatório, bem como os actos de vandalismo que, em Setembro de 2007, destruíram um cemitério judeu em Lisboa."


No mínimo caricato... Sem comentários!

Sem comentários: