Estuda, sem pensar. O capital precisa de ti!

domingo, 2 de dezembro de 2007

O estudante paga... O ensino piora...

Avaliação dos alunos... esta é a minha proposta pois : as coisas têm de mudar, dizem...

Aqui vai um exemplo da NOVA ATITUDE que os professores têm de adoptar, a bem dos tempos modernos... Cá de fora é assim:

QUESTÃO PROPOSTA:
6 + 7 = ?

A . EXERCÍCIO FEITO PELO ALUNO:

6 + 7 = 18

B . ANÁLISE:

- A grafia do número seis está absolutamente correcta;
- O mesmo se pode concluir quanto ao número sete ;
- O sinal operacional + indica-nos, correctamente, que se trata de uma adição;

- Quanto ao resultado, verifica-se que o primeiro algarismo (1) está correctamente escrito - corresponde ao primeiro algarismo da soma pedida. O segundo algarismo pode muito bem ser entendido como um três escrito simetricamente - repare-se na simetria, considerando-se um eixo vertical! Assim, o aluno enriqueceu o exercício recorrendo a outros conhecimentos... A sua intenção era, portanto, boa.

C . AVALIAÇÃO:

Do conjunto de considerações tecidas nesta análise, podemos concluir que:

- A atitude do aluno foi positiva: ele tentou!
- Os procedimentos estão correctamente encadeados : os elementos estão dispostos pela ordem precisa.
- Nos conceitos, só se enganou (?) num dos seis elementos que formam o exercício, o que é perfeitamente negligenciável. Na verdade, o aluno acrescentou uma mais-valia ao exercício ao trazer para a proposta de resolução outros conceitos estudados - assimetrias... - realçando as conexões matemáticas que sempre coexistem em qualquer exercício...

- Em consequência, podemos atribuir-lhe um...

..."EXCELENTE"...

...e afirmar que o aluno...

..."PROGRIDE NATURALMENTE"!



Nao sei porquê mas parece me que daqui a uns anos situações destas passarão do "ridículo" descrito ao real, no ensino superior. Sim, tudo por causa da lei do RJIES...

Quem paga, manda ! Se é difícil torna-se fácil porque o cliente (aluno) tem sempre razão...
Quem paga, manda ! Mas não decide o futuro do espaço que frequente diariamente. Essa decisão compete sobretudo a entidades exteriores á escola.

Vamos de mal a pior... Pagam-se balúrdios (não se sabe a quem) para estudar e, muitas vezes, somos prejudicados por não quererem que nos ensinem como muitas vezes nós gostávamos que ensinassem. E este ensino não engloba só o que está escrito nos livros...

Em muitos casos já se ensina pouco, mas juntar isso ao ensinar mal...
É a sociedade que temos. Ou lambemos botas e nos conformamos com o estado das coisas, ou lutamos por um movimento estudantil consciente das deficiências da sociedade, com espírito crítico e, acima de tudo, adulto, livre e responsável !

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