Genial
Quando é que vamos poder dizer que José Sócrates é um autêntico Pavarotti?
Quando este estiver descansado da vida e puder dizer: "O Sol é mío!".
"O homem está condenado a ser livre." [ Jean-Paul Sartre ]
Quando é que vamos poder dizer que José Sócrates é um autêntico Pavarotti?
Quando este estiver descansado da vida e puder dizer: "O Sol é mío!".
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Notícia retirada do jornal "SOL" :
" Quando Alberto João Jardim, no próprio dia da tragédia, declarou que as notícias das enxurradas na Madeira deviam ser passadas com discrição 'lá para fora', estava dado o mote. Dois dias depois, esta estratégia de comunicação estava a ser concretizada, com 12 vídeos colocados nas redes sociais da internet, reproduzindo imagens de um Funchal onde nada parecia ter acontecido.
Turistas passeando pelas avenidas da Baixa que não foram atingidas, comerciantes a varrer(...) e o céu azul a brilhar sempre em fundo. Nem um sinal da desgraça abatida sobre a cidade.
Os filmes foram feitos ao estilo de vídeo amador na segunda-feira e colocados no dia seguinte no youtube. E são apresentados com o título 'A Reconstrução da Madeira' e 'Madeira after the storm' no twitter do Governo, alimentado, agora quase ao minuto, por um dos assessores de Alberto João."
"Internamente, a preocupação do Governo Regional em 'esconder' a tragédia que se abateu na ilha tem, no entanto, outras leituras. A oposição e os movimentos ambientalistas atribuem esta estratégia também à tentativa de evitar a discussão sobre os graves erros de planeamento urbanístico cometidos por toda a ilha e a 'construção selvagem' que se multiplicou ao longo das últimas décadas nas zonas urbanas.
Neste momento, e como comprovou o SOL, parece mesmo haver zonas interditas. Quarta-feira, o ambientalista madeirense Raimundo Quintal foi impedido de fotografar a zona junto do edifício de Minas Gerais (na esquina da Praça do Infante) e ameaçado pela PSP de ficar sem a máquina. Quintal recolhia imagens para avaliar a estabilidade de algunas edifícios construídos perto das ribeiras, depois da enxurrada do passado Sábado."
Afinal o tema banal da "asfixia democrática" até tem algum nexo.
"O debate sobre os erros urbanísticos está, de qualquer modo lançado na comunidade madeirense e também nacional.
A oposição local, num primeiro momento, preferiu evitar o aproveitamento político da situação, tendo-se multiplicado em declarações de pesar e solidariedade para com as vítimas da tragédia. Mas, assim que Jardim recusou declarar o estado de calamidade na região, as críticas não se fizeram esperar.
Os técnicos - geógrafos, ambientalistas e arquitectos - é que não esperaram e, desde o próprio dia da enxurrada, têm justificado parte da dimensão da tragédia com exemplos de má gestão urbanística.
Um desses exemplos, que o SOL ontem verificou, tem a ver com a Capela das Babosas, na freguesia do Monte - uma das mais afectadas no Funchal -, que foi totalmente destruída pelo aluvião, não restando nem um vestígio do que foram as suas paredes. Um pouco abaixo, duas vivendas desapareceram também totalmente.
Acontece que, segundo as informações recolhidas pelo SOL, mesmo atrás desta capela existia há vários anos um aterro - que a câmara do Funchal agora diz desconhecer, admitindo por isso, segundo a imprensa local, ser 'ilegal'. Este aterro servia para depósito de terras de entulho de obras feitas em toda a cidade.
À entrada, o dono do aterro tinha colocado um contentor, segundo as nossas fontes, que servia de 'bilheteira' aos camiões que ali despejavam o lixo. Este contentor foi também arrastado e terá sido responsável também pela destruição das casas logo abaixo. Pelo menos duas pessoas (uma mulher e uma criança) perderam a vida nesta enxurrada."
Os irresponsáveis Presidente da Madeira Alberto João Jardim e Presidente da Câmara Municipal do Funchal Miguel Albuquerque (à direita)
Os meus parabéns ao SOL pela qualidade, bravura e honestidade do jornalismo.
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Hoje venho cá para vos falar dum livro que li. Esse livro chama-se "A Origem das Espécies de Charles Darwin" escrito por Janet Browne, professora de História da Ciência na Universidade de Harvard.
Não me vou prolongar sobre o livro, antes vou referir umas curiosidades retiradas do livro.
- Charles Darwin teve 10 filhos e desses perdeu 3. Para além da sua pujança sexual e do comentário muito "cor-de-rosa", interessa dizer que foram as mortes prematuras de seus filhos que ajudaram na descrença divina.
- Oriundo de uma família abastada, filho de pai médico, estudou medicina na Universidade de Edimburgo. Mas não gostava de cirurgias e o pai decepcionado colocou-o na Universidade de Cambridge para se tornar um clérigo. Porém o caminho de Darwin seria outro, e enveredou por História Natural, etc etc
- O livro refere que 3 nativos da Terra do Fogo foram levados para Londres e foram "domesticados", onde rapidamente adoptaram discursos e hábitos europeus. Darwin passou por essa terra e lá os encontrou. Darwin ficou perplexo ao ver as diferenças entre os 3 nativos anglicizados e as tribos indígenas. Janet Browne escreve a brilhante conclusão de Darwin: "O facto de homens praticamente selvagens poderem ser civilizados confirmava a sua convicção de que, independentemente da cor da pele, todos os seres humanos pertenciam a uma mesma espécie." Mais tarde os 3 nativos readoptaram o estado aborígene, e pode ler-se no livro "As seduções e ornamentos da civilização eram efémeros, meditaram os dois viajantes". ("os dois viajantes" tratam-se de Darwin e o comandante do navio Beagle, navio no qual Darwin percorreu o mundo durante 5 anos ininterruptos)
- Apesar de Darwin ter todo o mérito da teoria da evolução, e a própria teoria ter o nome de "Darwinismo", houve um senhor que se antecipou a Darwin. Quando já a sociedade se tinha habituado ao tema da evolução, depois de acesos debates, (devido a um livro lançado anonimamente "Vestiges of the Natural History of Creation", livro que apesar de tolo e sem fundamentos inteligentes e científicos, gerou muita controvérsia numa sociedade vitoriana e religiosa apelando à evolução em vez da teoria criacionista) Darwin estava pronto para editar e mostrar ao público todo o seu trabalho. Precisamente em 1858 o naturalista Alfred Russel Wallace mandou-lhe um ensaio escrito que "expunha a sua teoria pessoal sobre a evolução através da Selecção Natural". "Profundamente surpreendido com o facto de outra pessoa ter desenvolvido a mesma teoria, Darwin consultou os seus dois amigos mais próximos, Lyell e Hooker, em relação ao que deveria fazer a seguir. As convenções científicas e a honra cavalheiresca indicavam que devia retirar-se com uma vénia e deixar que Wallace colhesse os louros. Todavia, Lyell e Hooker acharam que Darwin não devia deixar de reclamar para si a criação da teoria. Sabiam da existência do extenso manuscrito em que o amigo andava a trabalhar. Havia espaço de manobra, insistiram eles. Por conseguinte, sugeriram que o ensaio de Wallace fosse enviado para publicação juntamente com um pequeno relato das descobertas do próprio Darwin. Haveria uma apresentação dupla e a prioridade seria partilhada. Darwin concordou, hesitante.
Esta apresentação dupla teve lugar, como sugerido, a 1 de Julho de 1858, numa reunião da Linnean Society of London, a principal sociedade científica de história natural da Grã-Bretanha. Lyell e Hooker tinham alguma influência junto da administração da sociedade. Conseguiram incluir a dupla apresentação no programa de uma reunião extraordinária marcada para o fim da estação, cuja data fora alterada devido à morte do botânico Robert Brown, antigo presidente da sociedade. (...) Nem Darwin nem Wallace estiveran presentes na reunião da Linnean Society. O décimo filho de Darwin, ainda bébé, estava gravemente doente com escarlatina e morreu a 28 Junho de 1858, apenas dois dias antes da apresentação. Pai extremoso, Darwin ficou de tal forma devastado pela dor que não conseguiu comparecer. Wallace estava a milhas de Londres, no Extremo Oriente. Na verdade, não estava a par daquilo. Uma vez que os serviços postais levavam três ou quatro meses a alcançar o outro lado do globo, não recebera ainda a carta que o informava de que o seu ensaio era igual ao trabalho de outro homem e estava a ser tornado público numa apresentação simultânea. Na altura em que o soube, admitiu ter ficado surpreendido. Cortês e moderado por natureza, Wallace escreveu imediatamente a Darwin e aos outros para dizer que as disposições quanto à publicação eram totalmente satisfatórias. Muito embora Darwin seja normalmente caracterizado pelos biógrafos como tendo sido generoso e cavalheiresco durante este incidente, a verdadeira generosidade deve sem dúvida ser atribuída a Wallace, o catalisador involuntário do alvoroço. Subsequentemente, os historiadores questionaram com frequência se Wallace teria sido lubibriado ou mesmo explorado pelas disposições tomadas por Lyell e Hooker e com as quais Darwin concordou. Não há maneira de camuflar o facto de Wallace ser oriundo do extremo oposto da escala social vitoriana. Autodidacta e sem rendimento próprio, ganhava a vida de forma instável recolhendo espécimes de história natural para vender a museus e coleccionadores. Fizera a primeira viagem neste sentido ao Brasil, com o amigo e naturalista Henry Walter Bates... ". Notável a humildade de Wallace, porém o mérito é igual para ambos, Darwin e Wallace, ambos chegaram à mesma teoria. Notável também como uma pessoa autodidacta obtém a mesma teoria que um licenciado e extremamente culto Charles Darwin, teoria essa que mudou o mundo e abriu a mentalidade de uma sociedade global e permitiu outros grandes passos na ciência, como a genética.
- "Órgãos vestigiais como o apêndice dos seres humanos eram explicados como resquícios anatómicos deixados pela história. Parecia-lhe pouco provável que um arquitecto divino concebesse deliberadamente características tão supérfluas e inúteis."
- "É bem sabido que Karl Marx ficou intrigado com a tese de Darwin e afirmou, em diversas ocasiões, que via nos seus elementos de base o sistema capitalista de competição e de laissez-faire." (isto numa referência à teoria de Darwin que se rege também pela ideia de que existe selecção natural no intuito de que prevalece a sobrevivência do mais apto e daí se desencadeia o aperfeiçoamento genético e de adaptação da espécie ao meio) "A certo momento pensou-se que Marx queria dedicar "Das Kapital" a Darwin, mas isto teve origem num equívoco. É certo que Marx mencionava "A Origem das Espécies" no seu texto e enviou um exemplar de apresentação da terceira edição de "Das Kapital" a Darwin, em manifestação de respeito. Este exemplar permanece na colecção de livros de Darwin e contém uma dedicatória de Marx. "
- Darwin foi sepultado na Abadia de Westminster, "o local mais comum para funerais de estado, casamentos reais e celebrações nacionais. A escolha deste local para o autor de "A Origem das Espécies" foi em muitos aspectos irónica, pois o seu país estava bem ciente de que a sua fama se devia a ter minado a autoridade da igreja. Todavia, por altura da sua morte, Darwin era festejado como uma importante celebridade científica, um homem da ciência eminente, alguém que olhara mais longe e vira mais que os outros, com um nível intelectual tão elevado como Newton e sem dúvida merecedor de honras no palco comemorativo mais importante do país. Professores universitários, membros da igreja, políticos, sumidades da medicina, aristocratas e membros do público encheram a abadia para o acompanhar à sepultura. "Feliz é o homem que encontra a sabedoria", cantou o coro. Actualmente é praticamente impossível adivinhar se Darwin terá morrido feliz, mas não há dúvida de que foi venerado pela sua obra e pelo seu carácter pessoal, que constituíram o modelo exacto do que deveria ser um homem de ciência."
- o legado da Teoria de Darwin não foi em tudo coincidente com a magia da sua descoberta. No início do século 20 começou a surgir a eugenia, isto é, uma vontade de manter ou melhorar um certo património genético. "Decadência urbana, miséria industrial e um desejo de medidas intervencionistas na área da saúde pública, como a vacinação e a regulamentação da prostituição, enchiam os jornais. Na Grã-Bretanha, o receio das classes altas de serem subjugadas por uma classe inferior, depravada e criminosa (a "ralé") tornou-se generalizado. A Eugenics Education Society, que em breve se tornaria a Eugenics Society, foi criada na Grã-Bretanha em 1907 e rapidamente se encheu de profissionais liberais diligentes, desejosos de aperfeiçoar e dominar as massas. De 1911 a 1925, o seu presidente foi Leonard Darwin, um dos filhos de Charles Darwin. Tudo isto teve uma consequência importante na Grã-Bretanha, a aprovação da Lei da Deficiência Mental, em 1913, com o fim de identificar indivíduos com deficiências mentais e de os confinar a uma instituição ou asilo onde seriam impedidos de procriar." Nunca tinha visto desta maneira, mas é quase isso que é o Júlio de Matos, embora não sejam propriamente maus para com os doentes, se bem que nunca o tenha visitado, não posso alongar-me. Eu sei que este assunto é delicado, e não vou dar opinião se os indivíduos deveriam procriar, no entanto acho que podiam também ter direito à vida, à alegria da vida, como mostra que deviam no filme "Voando sobre um ninho de cucos". Mas... lá está. Que percebo eu disto para falar? Cada caso é um caso, cada paciente o seu feitio. E será que o filme retrata a realidade? É um assunto delicado, repito.
- "Por volta de 1900, as doutrinas eugénicas eram invariavelmente associadas a outras extensões ideológicas do darwinismo. Diversos biólogos e eugenistas que trabalhavam com o sistema darwiniano apoiaram a pretensão da Alemanha de ser a nação dominante da Europa, em particular Haeckel, que propôs uma filosofia de vida materialista chamada "monismo", na qual espírito e matéria eram aspectos diferentes da mesma substância subjacente. A sua Liga Monista promoveu a supremacia alemã na década que antecedeu a Primeira Guerra Mundial e contribuiu indirectamente para a ascensão posterior do fascismo. Apoiados nestes aspectos biologizados da sociedade e nestas visões de ascendência nacional, os dirigentes alemães foram ainda mais longe com a lei eugénica para a Prevenção da Progénie Afectada por Doenças Hereditárias (1933). Cerca de 300 mil pessoas foram esterilizadas ao abrigo desta lei até 1939, ano em que foi substituída pelo programa de "eutanásia" do período de guerra, para o extermínio dos judeus. A ciência da raça, por vezes conhecida como ciência racial, reflectia os preconceitos mais radicais da época, e também ela se baseava no darwinismo. Porém, convém esclarecer que o racismo e o genocídio foram anteriores a Darwin e não se confinaram ao Ocidente."
- "A nova geração de darwinianos abordou também a questão da ética humana. A maioria estava convencida de que a ciência confirmava a ausência de qualquer plano subjacente ou desígnio divino na construção do universo. G. G. Simpson, um dos arquitectos da síntese moderna, chamou a atenção para o facto de ser impossível considerar a espécie humana como o objectivo predeterminado de mudanças aleatórias na frequência dos genes. Simpson afirmou, num tom jocoso, que a humanidade era o resultado de um processo que nunca o tivera em mente." Tal como na lotaria, as mutações e a genética brincam com as probabilidades. Ou seja, cada um de nós, cada ser humano é o resultado das probabilidades de todas as origens do australopitecus terem convergido para o aparecimento do próprio, é o resultado de ainda mais as probabilidades de o australopitecus ter evoluído por acaso, por mutações e por essas mutações genéticas originarem seres novos mais bem adaptados ao meio ambiente, mais capazes para sobreviver, que por sua vez evoluíram até ao Homo Sapiens Sapiens. Mas podiam não ter evoluído!!! Por sua vez cada espermatozóide que chega ao óvulo é um entre milhões. Isto faz pensar. Cada um de nós está na terra por um mero, mas muito mero acaso. No início do universo, a seguir ao Big Bang, imagina-te a observares o universo a expandir, e se alguém te perguntasse: "Que hipóteses achas que tens de nascer?" a tua resposta seria: "Tenho uma probabilidade de 0,0000000000001%". É obra.
- "Até o papa João Paulo II dirigiu uma carta aos católicos, em 1996, onde reconhecia que o resultado do trabalho científico realizado de forma independente por todo o mundo "leva a reconhecer na teoria da evolução mais que uma mera hipótese"."
E é isto. Deu-me muito gozo ler este livro, como também fazer-lhe a publicidade. Todos estes textos são retirados do mesmo.E neste "Fora da Sociedade" espero que se sintam bem dentro da sociedade. Até breve.
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<< A concessionária da CREL apurou que a estrutura da autoestrada não sofreu danos devido ao deslizamento de terras que ocorreu a 22 de Janeiro entre o nó de Belas, em Sintra, e a A16.
No entanto, embora ainda não haja uma data definida para a abertura da circulação na via, a Brisa já apurou que "cerca de 700 metros de via vão ter que ser asfaltados" após a retirada das terras do tabuleiro.
Segundo fonte do gabinete de relações públicas da concessionária da autoestrada, a chuva tem atrasado os trabalhos de remoção das terras que deslizaram para a CREL uma vez que, por razões de segurança, os aterros que têm estado a receber estas terras "não podem ser utilizados quando está a chover".
"Os camiões estão parados desde as 04:00 de hoje. Quando parar de chover começam a transportar as terras para os aterros da Salema e da Vialonga", adiantou hoje a Brisa.
No local são hoje visíveis as toneladas de terras e lamas ainda por remover.
Encontram-se cerca de 100 homens a trabalhar, 10 escavadoras, uma pá carregadora, dois tractores de escavação e uma máquina hidráulica que está a escoar as águas do topo do aterro de onde deslizaram as terras.
As máquinas encontram-se a retirar terras da encosta, que mais tarde serão transportadas para aterros a uma média de 1000 carregamentos de camiões por dia.
Os 60 camiões que diariamente têm estado a retirar as terras do local, no total já retiraram cerca de 200 mil metros cúbicos, estão neste momento parados, até que hajam condições climatéricas para o retomar dos trabalhos.
Segundo fonte da Brisa é difícil calcular a quantidade de terras que ainda têm que ser removidas.
A Lusa questionou a Brisa sobre os prejuízos que a concessionária teve desde o encerramento de parte da CREL, mas a concessionária escusou-se a adiantar os valores.
A Brisa disse anteriormente que vai reclamar junto dos proprietários do terreno de onde deslizaram as terras que provocaram o encerramento de parte da estrada.
Logo após o incidente, o presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, negou quaisquer responsabilidades da autarquia na deposição de terras naquele terreno e afirmou que o Grupo Espírito Santo era, através do fundo imobiliário Edifundo, o proprietário.
No entanto, o Grupo Espírito Santo informou depois que a construtora Obriverca é a única proprietária do espaço, através de um fundo imobiliário.
Quanto aos automobilistas que ficam obrigados a seguir por estradas nacionais alternativas, a Brisa recusa qualquer tipo de indemnização ou compensação. >>
Retirado de: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1491451&seccao=Sul
No fim do texto parecem crianças a fugir ao raspanete da professora, todos dizem que a culpa não foi deles, ahah cómico...
Lendo este texto fica a ideia de que a irresponsabilidade do fecho da estrada, para além de ter posto em perigo os automobilistas, se deve, não à Brisa, mas ao proprietário do terreno.
Bom na minha opinião, ainda que modesta, deve-se aos dois. Por um lado a Brisa devia ter a prevenção como preocupação primária em vez da remediação, por outro lado o dono do terreno é negligente pois a meu ver tem a obrigação de também ter um papel activo de cooperação em matéria de segurança e prevenção rodoviária. (de referir que não sei como funciona a lei, e quem neste caso tem deveres, e que não os cumpriu, por isso referi ser a minha opinião logo ao início).
Noutro artigo o DN escreve isto:
<< Há 11 anos que a Câmara Municipal da Amadora alertou para o perigo do deslizamento de terras na CREL (Circular Regional Exterior de Lisboa), chegando mesmo a comunicar os factos ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP). Mais de uma década depois, a autarquia acusa os proprietários dos terrenos de inércia e exige o apuramento de responsabilidades pela derrocada que se verificou a 22 de Janeiro.
Fonte do gabinete do vereador dos Transportes e das Obras Municipais da Câmara da Amadora, Gabriel Oliveira, garantiu ao DN que "em 1999 a Câmara Municipal da Amadora notificou os utilizadores dos terrenos, para retirarem as terras colocadas sem autorização no local e que originaram alterações à topografia da zona. Perante a inércia dos utilizadores, comunicou-se tal facto ao DIAP, em 1999". >>
É triste, pois quem se acaba por tramar são os utentes da estrada, que não têm um sistema de transportes públicos eficaz, logo não têm outra opção senão deslocarem-se pelas ditas "estradas nacionais", para não falar que sai mais caro à Brisa andar a "remediar" do que "prevenir".
E é triste! que tenham passado 10 anos e o dono do terreno não tenha sofrido mais do que um simples "aviso", obviamente que nunca tendo apanhado um valente susto, sendo desobediente, também nunca "mexeu uma palha". A negligência neste caso é do dono do terreno, é da lei, e da Brisa e do Município.
às 22:58 0 comments
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