Estuda, sem pensar. O capital precisa de ti!

domingo, 31 de janeiro de 2010

Indymedia Portugal relançado

Em 30 de Novembro de 1999, reunia em Seattle, nos EUA, a Organização Mundial de Comércio, numa procura de regulação das transacções mundiais em proveito do grande capital. Aí, no decorrer das manifestações de rua contra a globalização capitalista, surgiu a ideia de uma informação alternativa, independente, face aos meios de comunicação do sistema capitalista. E hoje são numerosos os centros, a nível mundial, que seguem esta orientação. Dez anos após a revolta de Seattle, foi relançado o Indymedia Portugal (http://pt.indymedia.org). É de saudar o seu reaparecimento e desejar que venha a dar um bom contributo para uma informação diversificada e não subordinada às regras do poder.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Nova ideia. Velha experiência.

Responsabilidades

Faz hoje 14 anos e 3 meses que tomou posse o XIII Governo Constitucional, presidido por António Guterres, do PS.
Desde essa data, três partidos estiveram no Governo: PS, PSD e CDS.
Neste período de tempo, o CDS e o PSD, coligados, governaram Portugal durante dois anos, oito meses e uns dias; o PS governou durante 11 anos, 4 meses e uns dias.
No próximo dia 12 de Março, Sócrates completa 5 anos ininterruptos de chefe de Governo, e, no próximo mês de Setembro, o PS totalizará 12 anos de governação, desde 1995, os mesmos que José Sócrates terá de governante.
No final de 2010, PS e PSD registarão idêntico período acumulado de exercício do poder, nos últimos 25 anos.
Agora, temos de olhar para o estado deplorável a que este país chegou, em quase todos os domínios: Educação, Justiça, Economia, Finanças, Agricultura, Indústria, Pescas, Planeamento e Organização do Território... E exigir que a inimputabilidade política termine.
Quatro homens são particularmente responsáveis pelo estado a que Portugal chegou:
- Cavaco Silva: dez anos primeiro-ministro e cinco presidente da República;
- António Guterres: seis anos primeiro-ministro. Fugiu do Governo e das consequências da sua governação;
- Durão Barroso: dois anos primeiro-ministro e doze anos de governante. Fugiu do Governo e das consequências da sua governação;
- José Sócrates: quatro anos e oito meses como primeiro ministro e quase 12 anos de governante. Nunca tinha havido um primeiro-ministro envolvido em tantos casos de investigação policial ou de suspeição. Nunca tinha havido um primeiro-ministro tão irresponsável, arrogante e aventureiro. Nunca tinha havido um primeiro-ministro que faltasse tanto a promessas feitas. Nunca tinha havido um primeiro-ministro que tivesse levado o país a um endividamento do nível do actual, e que tivesse provocado a degradação da Educação e da Justiça até ao ponto em que nos encontramos.
De tudo isto têm de ser exigidas responsabilidades.

40anos sobre a morte de Almada Negreiros

"Há, sim senhor!
Há um Portugal sério, um Portugal que trabalha, que estuda; curioso, atento e honrado! Há um Portugal verdadeiro que não perde o seu tempo com inimigos fantásticos e cujo único desejo é apenas e grandemente ser Ele próprio! Há um Portugal, o único que deve haver e que afinal é o único que não anda por causa dos vários Portugais inventados de todos os lados de Portugal! Há um Portugal profissionalista, civil e insubornável! Há, sim senhores! Mas entretanto...
Entretanto, a nossa querida terra está cheia de manhosos, de manhosos e de manhosos, e de mais manhosos. E numa terra de manhosos não se pode chegar senão a falsos prestígios. É o que há mais agora por aí em Portugal: os falsos prestígios. E vai-se dizer de quem é a culpa de haver manhosos e falsos prestígios: a culpa é nossa, e só nossa!"

José de Almada Negreiros, In Diário de Lisboa de 3 de Novembro de 1933

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O NOSSO MUNDO NÃO ESTÁ À VENDA!
porque as pessoas e a natureza são muito mais
importantes que os lucros, os mercados e o capitalismo

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Criaçâo: O Filme

Já estreou nos Estados Unidos o muito aguardado filme "Criação" sobre a vida de Charles Darwin...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Capitalism: A Love Story

O actual sistema económico não tem redenção possível. Quem o diz é Michael Moore no documentário “Capitalism: A Love Story”. O filme atribui a responsabilidade pela crise económica à política de desregulação do mercado e denuncia um amor cego contra o capitalismo. (fonte: euronews)

Os esquecimentos de Medina Carreira

Num media infestado de áulicos como a TV portuguesa, as aparições ali do Dr. Medina Carreira são sempre um motivo de satisfação. É das raras pessoas que se atreve a dizer verdades acerca da situação económica do país. A sua intenção de "ir aos problemas de fundo" é louvável. No entanto, o Dr. Medina Carreira nem sempre consegue chegar ao fundo, talvez devido a limitações ideológicas ou de classe.
Os problemas dos défices estruturais que aponta (balança de pagamentos, endividamento externo e interno) são realmente cruciais. Mas quando ele diz que, por isso, os portugueses terão de apertar o cinto nunca diz quais as classes sociais que terão de fazer mais furos nesse cinto. Quando fala de défices externos e diz que teremos de cortar nas importações de comida esquece-se absurdamente de falar da muito mais importante política de transportes e da necessária redução das importações de petróleo: factura de 8 mil milhões de euros em 2008 (há 570 veículos para cada 1000 habitantes, uma das mais altas capitações da Europa). Quando fala das despesas excessivas do Estado, esquece-se de dizer que se simplesmente esse mesmo Estado adoptasse software livre pouparia os milhões de euros que agora paga aos monopolistas da Microsoft. Quando fala das causas das nossas mazelas esquece-se apontar as privatizações selvagens e a destruição do Sector Empresarial do Estado (SEE) que, se hoje existisse, poderia dar uma contribuição para a solução da crise (compreende-se, pois foi co-participante disso enquanto ministro de um governo PS). Quando fala do descalabro na situação da justiça e da educação esquece-se de apontar as responsabilidades históricas da política de recuperação capitalista e monopolista que destruiu as conquistas da Revolução de Abril. Quando fala da magra fatia que hoje a nossa indústria tem no PIB esquece-se de dizer que a desindustrialização do país foi uma consequência de políticas impostas por Bruxelas e aceites com entusiasmo pela classe dominante arrivista, constituída por uma burguesia compradora hoje dominada por empreiteiros. Quando fala do peso hoje diminuto da nossa agricultura esquece-se de dizer que isso foi uma consequência directa da entrada na UE (foi a UE que entrou em Portugal e não o inverso), assim como da destruição da Reforma Agrária. Quando fala de rupturas que vem aí, esquece-se de dizer que há rupturas que podem ser autoritárias ao serviço da classe dominante e outras que podem ser progressistas ao serviço da maioria do povo português.

Quais as que ele deseja e quais as que ele teme?

domingo, 24 de janeiro de 2010

As palhaçadas do Sr. Cardeal

Argumentando que a família se baseia no contrato entre um homem e uma mulher onde acontece a procriação, o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, afirmou que «a Igreja Católica nunca aceitará o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo».

Mas será que este gajo – que pelos vistos não tem família – nem ao menos percebe a ridícula irrelevância daquilo que anda para aí a dizer?

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Haiti: para além do sensacionalismo caritário


A 12 de Janeiro, o Haiti foi devastado por um tremor de terra com 7,0 de magnitude, o maior a atingir a ilha em mais de duzentos anos. Fala-se de cerca de 200.000 mortos. É certo que a catástrofe tem uma causa natural, o deslocamento das placas tectónicas. Mas o alcance da destruição só foi possível graças à total ausência de infra-estruturas públicas, ao estado de degradação da maioria das casas, ao desemprego que atinge mais de 60% dos trabalhadores e aos salários miseráveis (menos de 2 euros por dia). Isto no mesmo Haiti que, todas as semanas, entrega mais de 1 milhão de dólares às instituições financeiras internacionais, pela sua alegada dívida externa.

A ausência de hospitais, o facto de as habitações (para não falar das barracas) não estarem preparadas para sismos, a falta de transportes e todas essas condições que potenciaram o desastre, não são nada naturais. São o resultado de políticas deliberadas que, através do FMI, foram impostas ao Haiti, obrigando-o a destruir o sector público, a pagar uma dívida ilegítima e crescente e a implantar os “ajustamentos estruturais” de que o Fundo tanto gosta e que orientam as economias para as necessidades do “mercado global” em detrimento das das pessoas reais. São, enfim, o corolário lógico desse fado a que a ilha tem sido obrigada, a de ser o balde do lixo do mundo, exportadora de escravos, explorada sucessivamente pela França e pelos Estados Unidos, ambos apoiantes das suas múltiplas ditaduras. Neste contexto, as lágrimas internacionais só aparecem por causa do primetime e o que interessa realmente é lucrar, impor “reformas” políticas e económicas, fazer experiências e ocupar.

Aliás, sentimentalismos parolos à parte, os EUA já informaram que contam enviar 10.000 marines. Entretanto, os pára-quedistas estadunidenses ocuparam o aeroporto e o seu exército controla todos os pontos estratégicos da ilha. Um porta-aviões nuclear está no porto destruído e um navio “guarda-costas” está em frente a Port au Prince. O Haiti está hermeticamente fechado e sob ocupação militar, a quarta em 95 anos, das mesmas forças que o têm tentado dominar desde que, em 1804, se tornou na primeira república negra independente do mundo, como consequência da revolução de escravos liderada por Toussaint Louverture e da posterior derrota do exército francês enviado por Napoleão. Uma presença militar tão ostensiva e desmesurada, em claro contraste com a invisibilidade da ajuda oficial, leva a crer que há intenções que vão além da ajuda simples e sincera.

A França, a outra potência tradicionalmente imperialista na zona, reagiu poucas horas depois da catástrofe pela boca de Kouchner, o ministro dos Negócios Estrangeiros, dizendo que era necessário manter a ordem, acabar com os saques e garantir as propriedades, esquecendo a lentidão na distribuição da ajuda que foi chegando e que, como sempre tem sucedido, nomeadamente em caso de furacões, sacia primeiro os que estão mais perto do poder. A ajuda tende a ficar pelo caminho, também neste Haiti em que 1% da população arrecada metade do produto nacional. Não era, no entanto, deste saque que falava Kouchner.

Falava dos mesmos saques e dos mesmos “ataques à propriedade” que, nas televisões, concorrem com as imagens de destruição, a ver quem melhor alimenta a máquina do espectáculo. Felizmente, há gente que informa que os assaltos e os confrontos são marginais e que o que é comum é a gente haitiana arranjar meios criativos e cheios de civismo para ultrapassar a situação, como sempre fizeram no seguimento de embargos e outras catástrofes.

O Haiti precisa de ajuda. Há campanhas de solidariedade suficientes para que possas colocar o teu contributo em alguém minimamente fiável. Mas que isso não nos deixe esquecer que todos os dias são dias para ajudar, o povo haitiano e todos os outros, contribuindo para o fim do ciclo da exploração. E, acima de tudo, acreditar no poder do apoio-mútuo, entreajuda e auto-organização dos povos, longe de exércitos ocupantes, esses sim causadores do caos.

fonte: indymedia

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Comparações úteis para se fazer demagogia em milhares de milhões de euros:

  • 4,2 mil milhões de euros - "empréstimo" da Caixa ao BPN
  • 7 mil milhões - Reconstruir o Haiti

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

No comments, diz a EuroNews...

Anedota: Santana Lopes condecorado terça-feira.

<< O Presidente da República, Cavaco Silva, vai condecorar na terça-feira quatro “personalidades que exerceram funções públicas de alto relevo”, entre as quais o ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes.

Em nota divulgada na sua página na Internet, a Presidência da República adianta que Santana Lopes será agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo, que distingue “destacados serviços prestados ao País no exercício das funções dos cargos que exprimam a actividade dos órgãos de soberania ou na Administração Pública, em geral, e na magistratura e diplomacia, em particular”, de acordo com a justificação oficial.


O ex-primeiro-ministro era o único antigo chefe de Governo que não tinha sido ainda agraciado.


Na cerimónia, que terá lugar na terça-feira no Palácio de Belém, serão também condecorados o antigo presidente do Supremo Tribunal Administrativo Manuel Fernando dos Santos Serra (com a Grã-Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique) e os antigos presidentes da Assembleia Legislativa dos Açores Alberto Romão Madruga da Costa e Fernando Manuel Machado Menezes (Grã-Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique). >>

Retirado de: www.destak.pt

- que exerceram funções públicas de alto relevo; é verdade, ser primeiro-ministro é um dos seus sinónimos. A não ser que sair do governo e ocupar um cargo na EDP seja uma função pública de alto relevo - talvez por ser um cargo do topo da empresa, e vê os trabalhadores lá do alto com desdém.

- que distingue destacados serviços prestados ao país; está bem que não lhe deram tempo suficiente para ser primeiro-ministro, não se pode classificar a sua prestação nem como boa nem como má, a não ser por abandonar a presidência da câmara municipal de Lisboa por um cargo mais "interessante", e passado uns anos, à espera de que já todos se tenham esquecido dessa fuga, recandidata-se à presidência do mesmo município.

Alguma vez este gingão e ladrão fez algo pelo país?? Merecia mais o prémio um zé povinho qualquer que trabalhou a vida inteira honestamente, sem nunca roubar nada a ninguém, vivendo miseravelmente.

Mas para isso era preciso gastar muito para fazer tanta cruz. Resumindo, como não se pode fazer para tanta gente, a solução é não dar a nenhum zé povinho, mas a alguém que dentro dos trabalhadores honestos se destaque verdadeiramente, e com certeza que não é o Santana Lopes.

Reflectir sobre a cimeira de Copenhaga 2010, Arghhh...

<< 46 200 toneladas de dióxido de carbono. Ironicamente, após o falhanço das negociações mundiais por um protocolo contra as emissões de gases poluentes, foi o que sobrou da Cimeira de Copenhaga. A maioria dos líderes preferiu viajar para a Dinamarca de jacto privado.

Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço poderia ser um lema para a última cimeira pelo Ambiente em Copenhaga. Mais de 42 mil toneladas de dióxido de carbono foram enviadas para a atmosfera durante os onze dias em que decorreu o encontro. Comparando, emitiu-se tanto como 2300 americanos ou 600 mil etíopes num ano. Pior: 40 500 toneladas vieram apenas das viagens de avião até à capital dinamarquesa.

Essa foi a primeira polémica a estalar em relação ao COP15. O aeroporto de Copenhaga esperava 140 jactos privados, incluindo o Falcon do primeiro-ministro José Sócrates. Aqueles que não conseguiam aterrar foram desviados para aeroportos regionais ou então para a vizinha Suécia. Isto implicou o uso de mais transportes, particulares ou não, desde esses locais até à capital.

A Suécia prontificou-se a compensar essas emissões - algo que faz normalmente - mas a maioria dos países não. O primeiro-ministro indiano, Manmoham Singh, desculpou a sua viagem de jacto com razões de segurança. Ali ao lado da Dinamarca, Jens Stoltenberg, primeiro-ministro da Noruega, foi duramente criticado por ter viajado de jacto privado, quando é conhecido pelos conselhos "verdes" que dá aos seus cidadãos.

Os bons exemplos vieram da Tailândia, Áustria e Finlândia, com os respectivos representantes destes países a viajar de avião comercial. Também a Holanda e a Suíça se destacaram, ajudados pela geografia: os ministros do Ambiente dos dois países chegaram a Copenhaga de comboio.

Além de ter falhado um acordo pelas alterações climáticas, o COP15 também foi palco de alguns excessos, ou não tivéssemos a presença dos mais importantes líderes mundiais. Por exemplo, foram alugadas 1200 limusinas para transportar os representantes de cada país, desde os hotéis para o Bella Center, onde se realizou a cimeira, e dentro da capital dinamarquesa. Apenas uma ínfima parte delas era híbrida, relatou o jornal britânico The Telegraph, na altura.

"Os dinamarqueses tentaram ao máximo cumprir as regras", diz Ana Rita Antunes que, juntamente com Francisco Ferreira, foi representar a associação ambientalista Quercus no encontro.
"Havia chocolate e café de comércio justo. Comida vegetariana e biológica", enumera aquele ecologista que considera que não se importaria com estes gastos "desde que o protocolo tivesse sido assinado".

"Ao entrar no Bella Center, é oferecido um livro de 302 páginas que explica como se pode tornar vegetariano. Comer carne, principalmente gado, é responsável por 50 por cento dos gases de efeito de estufa", conta William La Jeunesse, da cadeia de televisão Fox News.
O problema é que, em média, uma árvore produz 71 145 folhas de papel. Dividindo pelas páginas deste livro, teremos uma árvore abatida a cada 236 volumes.

Outro problema com o papel surgiu com o programa que era entregue na cimeira, duas vezes por dia. Ali davam-se informações sobre quem discursaria, quando e onde. Numa terça-feira tinha 58 páginas e na quarta-feira tinha 48. Fazendo as contas, foram gastas 1,56 milhões de folhas só nesses dois dias. A ambientalista Ana Rita Antunes confirma: "Não havia papel reciclado." >>

Retirado de: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1472004&seccao=Biosfera

Á excepção do saudar da Aústria, Finlândia, Tailândia, Suíça e Holanda que se deslocaram de um modo minimamente ecológico, quando todos deviam tê-lo feito, não tenho nada a acrescentar.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Gandhi, a Índia e o mundo por Tara Gandhi

NOVO CICLO GRANDES CONFERÊNCIAS
19/01/2010 - 18h30 - Auditório 2 - Entrada livre

'Não-violência significa muito mais do que ausência de violência. É também acção e introspecção.' Tara Gandhi

No dia 19, a Fundação Gulbenkian inaugura um novo programa de conferências dedicado a grandes temas mundiais, com figuras de renome internacional. A primeira convidada é Tara Gandhi, neta do fundador da Índia moderna e independente, pacifista e defensor do satyagraha – o “caminho da verdade” que preconiza o protesto e a luta através da não-agressão e da não-violência. O papel de Tara Gandhi tem sido também o de contribuir para a defesa e preservação dos ideais do seu avô, enquanto vicepresidente do Gandhi Smriti e Darshan Samiti, a instituição governamental que promove o estudo e a investigação relacionados com os princípios defendidos pelo Mahatma Gandhi.
A conferência tem por título Gandhi, a Índia e o Mundo e a oradora falará também de um novo caminho, urgente para a humanidade, que tenha em conta os princípios da paz e da não-violência. Relacionando a crise do ambiente com a violência, Tara Gandhi afirma que a violência da mente humana está directamente relacionada com a poluição atmosférica, num enquadramento de medo que não favorece o desenvolvimento. Aos 75 anos, Tara Gandhi é uma das mulheres que mais tem lutado pela manutenção da tradicional indústria do khadi, o algodão usado pelo avô, e que tem sido um contraponto à globalização e à destruição das tradições indianas. A fiação do khadi é uma das tarefas femininas mais praticada nas aldeias indianas.
fonte: FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN

domingo, 17 de janeiro de 2010

Biografia: Alberto Korda

Alberto Díaz Gutiérrez, conhecido como Alberto Korda, (Havana, 14 de setembro de 1928Paris, 25 de maio de 2001) foi um fotógrafo cubano que se tornou mundialmente conhecido por Guerrillero Heroico, retrato que fez de Che Guevara.
Korda começou a fotografar oferecendo seus serviços em festa de batismo, casamentos e festas. Tempos depois, abriu um estúdio em Havana onde passou a se dedicar à fotografia publicitária e de moda. Declarou que se dedicou a tal trabalho apenas para conhecer mulheres bonitas. Sua segunda mulher foi, de fato, uma modelo.
Certo dia, Korda viu uma menina cubana fazendo uma saia improvisada de papel para vestir uma boneca; percebeu que a boneca era apenas um pedaço de madeira e, sensibilizado, resolveu unir-se ao ideal revolucionário que prometia acabar com aquele tipo de injustiça social. Assim sendo, se tornou fotógrafo oficial de
Fidel Castro após a revolução cubana.
Sua fama aconteceu quase por acaso. A fotografia quase acidental de
Che Guevara tornou-se uma das fotos mais reproduzidas de todos os tempos. Korda fez uma tomada vertical e outra horizontal. As duas fotos não ficaram tão famosas imediatamente. Foi preciso que um italiano de nome Giangiacomo Feltrinelli recortasse as laterais da tomada horizontal e espalhasse pôsteres de Che Guevara após sua morte nas selvas bolivianas em 1967. A partir daí, a imagem correu mundo e tem sido fonte de inspiração para muitos artistas. Alberto Korda nunca recebeu qualquer tipo de remuneração pelas fotos e nunca empenhou-se em receber. Dizia que sua intenção ao não fazê-lo era espalhar os ideais revolucionários da luta de Guevara.

info: wikipedia

see also: http://www.arthistoryarchive.com/arthistory/photography/Alberto-Korda.html


Exposição de Fotografia: Alberto Korda

Numa iniciativa da Casa da América Latina e da Câmara Municipal de Lisboa, a exposição de fotografias de Alberto Korda, intitulada “Conhecido Desconhecido”, estará patente de dia 2 de Dezembro de 2009 até dia 31 de Janeiro de 2010, na Galeria Torreão Nascente (Edifício Cordoaria Nacional), em Lisboa. A entrada é gratuita.

A mostra apresentará as 200 obras de Korda (autor da fotografia de Che Guevara, intitulada Guerillero Heroico), em grande parte inéditas, “seleccionadas de entre milhares de fotogramas do autor e retiradas de arquivos pessoais de vários amigos e colaboradores.”

Com este evento, “pretende-se revisitar uma década na vida e na carreira do fotógrafo (1956-1968), abrangendo temas tão diversos como a actividade criativa dos Studios Korda, a moda, o povo, a mulher, o mar e, naturalmente, os líderes revolucionários. Segundo Cristina Vives, curadora da exposição, estas imagens “percorrem a História”.

O autor nasceu em 1928 em La Havana (Cuba) e faleceu em 2001 em Paris (França).

As imagens de Korda já foram exibidas em importantes galerias americanas e europeias.

Realizar-se-ão visitas comentadas à exposição nos dias 2 de Dezembro de 2009 e 5 de Janeiro de 2010, pelas 15h, mediante inscrição por telefone (218 170 600).

Para mais informações, consulte o site Korda: http:\\korda.com.pt