Estuda, sem pensar. O capital precisa de ti!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Receita Poupança

"Junta um quilo de produtos de pequenas lojas numa panela.Retira os Minipreços, descasca Continentes e tira a pele aos donos de Shoppings que acabam com o pão de cada dia dos comerciantes populares! Coloca um pouco de justiça e sal a cozer!

Numa frigideira (Made in China não fabricada por alguém que recebeu apenas 2 cêntimos), coloca óleo(com rótulo: não modificado geneticamente)e deixa apurar a cebola e o tomate apanhados da tua horta pela manhã!

Numa travessa de vidro( importada do Taiwan) espalha ao comprido os ingredientes anteriores e põe por cima rodelas de banana importada do Brasil e Ananás das Canárias ( que dá um sabor amargo aos produtores de fruta portuguesa)!

Leva tudo ao forno.E enquanto esperas, pensa na roupa que vais vestir no jantar( curiosidade: Portugal é o 2º país da Europa a gastar mais dinheiro em roupa)!

E para não pareceres mal, eis um conselho, leva vestido roupa da marca da Nike (que escraviza crianças) ou perfume da Calvin Klein (que testa em animais).

Ah...E... Sorri, pois, estás a ser manipulado!"


( texto retirado de um flyer do GAIA a ser distribuído amanhã, 29 de Novembro)

HISTERIA & IMBECILIDADE, C/ COPYRIGHT QUERCUS

A campanha histérica acerca do suposto aquecimento global ganhou uma peça sinistra preparada pela agência de publicidade McCann. Temos agora um macaco que se enforca, um urso que se despenha num abismo e um cangurú que se deita sobre carris à espera de ser trucidado por um comboio. Tudo isso num cenário de pesadêlo. Tais aberrações são pagas pela Quercus, organização que se pretende ambientalista mas mais parece uma organização terrorista. Com esta campanha os aquecimentistas atingem um novo patamar na escalada da desinformação e da mentira.
Ver vídeo: http://www.quercustv.org/spip.php?article181

resistir.info

A Criação do Dinheiro

Quem cria o dinheiro? A resposta está em Money as Debt , filme de 47 minutos de Paul Grignon. O DVD em inglês pode ser encomendado aqui . Para assistir ao filme dobrado em castelhano clique em Diñero es Deuda . É melhor do que ouvir certos comentaristas económicos que peroram na TV portuguesa...

resistir.info

Problema de Matemática

José Sócrates, numa das suas múltiplas visitas a escolas, numa delas considerada escola-modelo onde foi distribuir uns computadores aos professores, resolve pôr um problema às criancinhas.

(Desta vez, parece que não houve casting prévio...)

- Meninos, tenho um problema para vocês resolverem. Quem acertar na solução ganha um computador que eu ofereço!!!
Então, é assim:
- Um avião saiu de Amesterdão com uma velocidade de 800 km/h; a pressão era de 1.004,5 milibares; a humidade relativa era de 66% e a temperatura 20,4 ºC. A tripulação era composta por 5 pessoas, a capacidade era de 45 lugares para passageiros, a casa de banho estava ocupada e havia 5 hospedeiras, mas uma estava de folga.
A pergunta é... Quantos anos tenho eu?

Os alunos ficam assombrados.
O silêncio é total…..
A professora fica estupefacta.

Então, o Joãozinho, lá no fundo da sala e sem levantar a mão, diz de pronto:

- 50 anos, senhor inginheiro!

José Sócrates surpreendido fita-o e diz:
- Caramba! Acertaste em cheio. Vou dar-te o computador! Eu tenho mesmo 50 anos.
Mas como encontraste esse número?

E Joãozinho diz:
- Bem, foi muito fácil. Foi uma dedução lógica, porque eu tenho um primo que é meio parvo, e tem 25 anos...

E os 4 meninos cresceram...

* Certa vez, quatro meninos foram ao campo e, por €100 compraram o burro de um velho camponês.


* O homem combinou entregar-lhes o animal no dia seguinte.

* Mas, quando eles voltaram para levar o burro, o camponês disse-lhes:

* Sinto muito, amigos, mas tenho uma má notícia. O burro morreu.

* Então devolva-nos o dinheiro!

* Não posso, já o gastei todo.

* Então, de qualquer forma, queremos o burro.

* E para que o querem? O que vão fazer com ele?

* Nós vamos rifá-lo.

* Estão loucos? Como vão rifar um burro morto?

* Obviamente, não vamos dizer a ninguém que ele está morto.

* Um mês depois, o camponês encontrou-se novamente com os quatro garotos e perguntou-lhes:

* E então, o que aconteceu com o burro?

* Como lhe dissemos, nós rifámo-lo. Vendemos 500 rifas a €2 cada uma e arrecadamos €1.000.

* E ninguém se queixou?

* Só o ganhador, porém devolvemos-lhe os €2, e pronto!


*O IMORAL DA HISTÓRIA*

Os quatro meninos cresceram, e:

Um fundou um banco chamado **BPN**

Outro uma empresa chamada **SONAE**

Outro uma igreja chamada **Universal**

E o último está num partido político chamado **PS**

E agora estão a governar Portugal!!!!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O chumbo do bom aluno - um texto de Carlos Fiolhais sobre o crescente fosso entre ricos e pobres em Portugal

Uma auto-avaliação é sempre uma avaliação incompleta pois um bom aluno só o é, de facto, se for examinado externamente e se, em comparação directa com os outros, não se sair mal da prova. Pois Portugal, tantas vezes chamado “bom aluno”, não se tem saído airosamente de algumas provas internacionais em que tem entrado.Dois relatórios internacionais sobre a desigualdade social recentemente publicados, um mais abrangente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e outro mais restrito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), não classificam bem as políticas sociais do nosso país ao longo dos últimos vinte anos. Ambos convergem em classificar Portugal no grupo de países onde as desigualdades entre ricos e pobres são maiores. O estudo da OIT (“Desigualdades de rendimentos na era da globalização financeira”) mostra que o fosso entre os mais ricos e os mais pobres tem vindo a aumentar sistematicamente ao longo dos últimos anos (que não tem necessariamente de ser assim é exemplificado pelo caso de Espanha, onde o fosso tem diminuído). Por outro lado, o estudo da OCDE (“Crescimento desigual?”) coloca-nos em terceiro lugar numa tabela de desigualdade social, apenas batidos pelo México e pela Turquia, e logo antes dos Estados Unidos, que são bem desiguais. Como se tal fosse pouco, o mesmo estudo faz-nos uma menção especial, ao afirmar que a média dos dez por cento mais pobres do Reino Unido ganha mais do que o português médio. Claro que os portugueses ricos ou da classe média alta que viajam a Londres já sabiam isso e os autóctones que vêem a “working class” inglesa vir de férias ao “Allgarve” também já sabiam isso, mas agora todos sabem.São más notícias não para este ou aquele governo em particular, mas para o conjunto dos governos, do PS ou do PSD, que se têm sucedido nas últimas duas décadas. É certo que eles propuseram ou mantiveram algumas políticas com preocupação social, como a do rendimento mínimo garantido, mas estas têm-se revelado claramente insuficientes para debelar um problema que parece ser estrutural. Mesmo com o rendimento mínimo, a pobreza parece estar garantida, parece um destino.À margem do relatório da OCDE, o Professor Anthony Atkinson, da Universidade de Oxford, comentou as respectivas conclusões, lembrando que estamos a viver uma crise mundial, uma crise que não é só em “Wall Street”, mas também em “all streets”:
“A recessão – se se confirmar – não será uma boa notícia para todos os que estão nas margens da força laboral (...) Há uma mensagem política. Os orçamentos dos governos estão sob stress, mas os cidadãos estão à espera de que, se há fundos para salvar os bancos, então os governos podem subsidiar benefícios para o desemprego e para o emprego. Se os governos podem ser credores de último recurso, então gostaríamos de os ver como empregadores de último recurso. Falando claro, os governos têm de entrar em acção tal como Roosevelt fez na Grande Depressão”.
Não há o risco de os liberais ou neo-liberais aparecerem a protestar porque eles andam desaparecidos em parte incerta... As medidas para os governos combaterem o desemprego terão de ser dirigidas principalmente aos mais novos, porque, segundo os ditos relatórios, são eles os mais ameaçados pela pobreza. Os pobres mais recentes não são os velhos mas as crianças e jovens. Em particular, a desqualificação dos nossos jovens – culpa em larga medida de um sistema educativo iníquo - é um problema que clama por solução urgente. Será que podemos fazer isso? Sim, podemos. “O destino não é uma questão de sorte – é uma questão de escolha. Não é algo para ser esperado - é algo para ser conseguido”. Quem o disse não foi Barack Obama, foi William Jenning Bryan, um candidato do Partido Democrata três vezes derrotado à presidência dos Estados Unidos no dealbar do século XX. Bryan opunha-se com energia ao darwinismo social, ao triunfo dos mais ricos à custa dos mais pobres, o que, do outro lado do Atlântico como aqui, continua a ser um imperativo moral.

http://dererummundi.blogspot.com
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Léo Ferré - Les Anarchistes